Conhecíamos
pouco de Maria.
Maria nunca
fez carreira pra monge, mas era de um pudor de fazer inveja. Empresários do
ramo erótico fariam fila para tê-la num filme; Trucidar com aquele jeitinho
tímido vendo pintos entrando e saindo da gostosa.
Mas fora
esse exagero de fantasia repentina, sentíamos que o rubor que exalava em sua
face quando por ela passávamos a denunciava.
Adocicada,
teimosa para entregar sua buceta ao primeiro que aparecesse, sempre mostrou
primado nos seus movimentos de mulher. Sabíamos de um caso sério com um homem
mais velho que durou anos. Depois dessa primeira morte, ao que nos parece só o
Carlos do Financeiro fechou alguns passos com ela. Sabia que tinha vozes dentro
dela que eu gostaria de trazer à tona, e ensiná-la a saber existir.
No meu
sonho, a visão que tinha daquela mulher era a seguinte: Maria acordava meio
trôpega, se levantava, e ia preparar seu café. Então roçava seu corpo às
primeiras rajadas de sol fazendo empinar as pupilas de seus seios. Então se
esfregava à colher de pau da cozinha, tomava café da manhã de pé e pelada
engolindo e derramando os excessos de leite pelo canto da boca, escorrendo por
seus seios. Depois tomava banho vestida de um top branco, escrito love-me em vermelho, pra lavá-lo junto
ao corpo, que quase se misturava à pele de seus mamilos, esfregando o tecido com
uma intensidade voraz. Então se vestia, enfiava sua xoxota ainda um pouco úmida
dentro do jeans apertado e ia pro trabalho para cumprir seu desdém com seu
público masculino.
No
escritório ela era um exemplo de profissionalismo, lealdade, coleguismo. Até
soltava umas piadas muito simpáticas e graciosas, que para quem não a
conhecesse de perto como nós, poderiam soar muito disparatadas. Tudo isso a
deixava mais linda. Construía um império dia a dia sem perceber. Um império de
súditos sem esperança.
Toda essa
rotina me deixava fulo e a meus demais colegas também. Até que foi parar em
minhas mãos – mais precisamente na tela de meu computador – um email com
destinatário errado, um relato dela para uma amiga do departamento.
Ela dizia,
Mulher, você não sabe,...
Segundo ela,
quando voltava ao seu apartamento no final do dia, só restos de sua parca
existência ainda estavam vivos. Era se encaixar em seu sofá acolchoado e
esperar as novelas passarem e o mundo passar por ela. Desses restos, só sobrava
um pouco da janta que levava ao lixo na escada.
Certo dia,
numa dessas últimas rodadas do dia, avistou Paulo do sexto andar. Já o
conhecia. Paulo era o gato do prédio. Tinha grandes olhos, que a perscrutaram
minuciosamente de cima a baixo. No mesmo momento ela pensou que além do olhar, ele
também bem que poderia possuí-la, comê-la lá de cima ao térreo. Uma trepada em cada andar.
O relato diz
então:
Paulo se
aproximou, ofereceu ajuda. Aconselhei-o a se afastar, pois eu era forte e
estava atrasada. Porque pensei isso? Forte? Porque disse atrasada? Com um
tamanhão de homem daquele ao meu lado? Guardei o lixo no compartimento, mas
quando passava por ele, me puxou e disse no ouvido: ‘Da próxima vez você não me
escapa.’
Fiquei por
alguns segundos estática e entrei esbaforida pra dentro de meu apê.
No outro
dia, saí à mesma hora da noite. E não é que ele estava lá?
Era como um
encontro marcado. Toda noite zombávamos do que chamam de coincidência. Tínhamos
um pacto velado. Cúmplices de algum regozijo futuro.
Um dia ele
me dizia boa noite, deixávamos os excessos no lixo e voltávamos cada um para
seu cômodo. Outro ele passava sem me olhar só pra sentir minha reação. Certa
vez dei um belo sorriso no que me encarou meio abobado. Noutra ocasião o peguei
desprevenido saindo só de baby doll e ele roçou de leve minhas coxas com suas
pernas dotadas fazendo de conta que o espaço entre nós e a parede era mínimo.
Senti um longo calafrio nessa oportunidade, devo confessar. Um calafrio
elegante.
Nunca
falávamos nada. Tudo ficava pendente entre nós. Tudo era fugaz e passageiro. Só
uma coisa eu percebia não ficar tão pendente. Era o pau dele, que não podia
esconder a felicidade por trás das calças, apesar de seu olhar fazer de conta
de nada estar acontecendo.
Todo meu
aplauso para esse teatro diário eu dava na cama, me molhando inteira de tesão,
passando meus dedos trementes por todos os espaços possíveis da minha vagina.
Meu clitóris dava choques, a imagem dele dentro de mim tomava conta de toda
minha juventude hormonal. Tudo inchava dentro de mim.
Até que na
noite derradeira ele sofreu um tombo desproposital sobre meus ombros...
Ele disse,
você é forte, me ajuda.
Sim... (acho
que ele ouve meus pensamentos)
Então me
ajuda a voltar pro meu apartamento.
Disse um ok
meio relutante.
O gelo está
na geladeira, ele falou meio confuso deitando em sua cama. Quando chego ao seu
quarto seu peito pulando da camisa me dá a impressão de um punhado de
selvageria a postos, pronto a digladiar comigo em cima de lençóis. Me deixará
entregue, malvista por meus bons pensamentos.
Pasme. Não
esperei muito pra subir o gelo de seu tornozelo até a nuca da cabeça de seu
pau. Até eu fiquei tonta. Você também deve estar…
Ele entendeu
rápido e socou seu punhal dentro de minha gulosa bucetinha, sentindo os lábios
rompendo pouco a pouco como ondas quebrando em seu ponto de rebentação.
Note que a
única coisa que não dava a ele era meu olhar. Sempre desviado, agindo como uma
perversa desviada. Ele ia ficando desconcertado. Rolava sobre mim enfiando na
minha buçosa com gosto.
Sentia seu
escroto com as mãos e à medida que eu mexia nele, ia ficando mais tomado de
ganância por meu corpo e meu ser.
Então chupa
minha buceta, suplico.
Cada vez que
ele tira de dentro de mim aquele tronco eu penso, que caralho!
Então ele
vem e me come com a boca.
A partir daí
estamos ambos desarmados.
Chupa
devagar, dá voltas e voltas em torno da minha cútis mais desejada pelos homens…
E a cada vez que afoga os beiços na minha buceta ele vai ficando com o pau
cada vez mais duro. Penso como é que pode?!
Então ele me
fala em tom de Vou comer sua bunda. Eu disse: Depois. Então, eu de quatro,
pegava e enfiava seu pau dentro de minha boceta vagarosamente. Ia e voltava
muito gostoso e lentamente. Ai, aquele membro explorando cada desnível das
pregas de meus interiores, roçando do início ao fim da minha vagina! Até que eu
estrangulava aquela dureza de pinto lá dentro e ele gritava de prazer.
Ele era tudo
o que eu esperava… Enfiava seu dedo no meu cú e lambia ao redor, o que me dava
uma mistura de dor e ruína das proibições. Era um prazer novo, aterrorizador de
tão bom. Então surgia como que um mistério da natureza uma grossura dentro de
minha bunda. Entrava e saía como um instrumento de fabricar umidades na
escuridão de meu rego.
Me pegava de
um jeito com as mãos que me fazia tremer inteira, e arrepiar os pêlos quase
inexistentes. A forma como agarrava meu traseiro fazia eu sentir como que se
houvesse um exército de mãos por cima de meu corpo, apalpando tudo ao mesmo
tempo, minhas costas, meus peitos, quase arrancando pedaços de minha bunda com
seus belos tapas e de meu pescoço com suas mordidas.
Depois me
travava, tirava de lá do fundo e furiosamente colocava novamente dentro de
minha xana, e metia, metia, metia, metia sua carne lá dentro, até eu gozar
loucamente como uma histérica em suas mãos. Ele continuava mais um pouco até
carregar minha boceta de porra.
A única
coisa que me lembro depois disso era uma vontade agonizante dele continuar.
Peguei no seu pau e comecei a chupá-lo vigorosamente, espremendo-o em minhas
mãos, fazendo secar deliciosamente cada gota de seu sêmen com minha língua. Mas
a cada lambida de fora a fora no seu músculo mais gostoso, a cada sugada, ele
ia crescendo cada vez mais em minha boca. Eu olhava pro seu pinto, e ele cada
vez mais vermelho, mais torneado, mais excitado, carnudo, com sua cabeça
brilhosa querendo explodir e se separar do resto do corpo cavernoso de veias
grossas. Eu brincava engolfando-o nas minhas mucosas, depois tirava e pintava
minhas bochechas com seus líquidos misturados aos meus.
Tudo que eu
queria era fazer chover dentro de minha boca.
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