segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O poder de Maria


Conhecíamos pouco de Maria.
Mas acho que Maria podia até fazer chover quando quisesse.
Maria nunca fez carreira pra monge, mas era de um pudor de fazer inveja. Empresários do ramo erótico fariam fila para tê-la num filme; Trucidar com aquele jeitinho tímido vendo pintos entrando e saindo da gostosa.
Mas fora esse exagero de fantasia repentina, sentíamos que o rubor que exalava em sua face quando por ela passávamos a denunciava.
Adocicada, teimosa para entregar sua buceta ao primeiro que aparecesse, sempre mostrou primado nos seus movimentos de mulher. Sabíamos de um caso sério com um homem mais velho que durou anos. Depois dessa primeira morte, ao que nos parece só o Carlos do Financeiro fechou alguns passos com ela. Sabia que tinha vozes dentro dela que eu gostaria de trazer à tona, e ensiná-la a saber existir.
No meu sonho, a visão que tinha daquela mulher era a seguinte: Maria acordava meio trôpega, se levantava, e ia preparar seu café. Então roçava seu corpo às primeiras rajadas de sol fazendo empinar as pupilas de seus seios. Então se esfregava à colher de pau da cozinha, tomava café da manhã de pé e pelada engolindo e derramando os excessos de leite pelo canto da boca, escorrendo por seus seios. Depois tomava banho vestida de um top branco, escrito love-me em vermelho, pra lavá-lo junto ao corpo, que quase se misturava à pele de seus mamilos, esfregando o tecido com uma intensidade voraz. Então se vestia, enfiava sua xoxota ainda um pouco úmida dentro do jeans apertado e ia pro trabalho para cumprir seu desdém com seu público masculino.
No escritório ela era um exemplo de profissionalismo, lealdade, coleguismo. Até soltava umas piadas muito simpáticas e graciosas, que para quem não a conhecesse de perto como nós, poderiam soar muito disparatadas. Tudo isso a deixava mais linda. Construía um império dia a dia sem perceber. Um império de súditos sem esperança.
Toda essa rotina me deixava fulo e a meus demais colegas também. Até que foi parar em minhas mãos – mais precisamente na tela de meu computador – um email com destinatário errado, um relato dela para uma amiga do departamento.
Ela dizia, Mulher, você não sabe,...
Segundo ela, quando voltava ao seu apartamento no final do dia, só restos de sua parca existência ainda estavam vivos. Era se encaixar em seu sofá acolchoado e esperar as novelas passarem e o mundo passar por ela. Desses restos, só sobrava um pouco da janta que levava ao lixo na escada.
Certo dia, numa dessas últimas rodadas do dia, avistou Paulo do sexto andar. Já o conhecia. Paulo era o gato do prédio. Tinha grandes olhos, que a perscrutaram minuciosamente de cima a baixo. No mesmo momento ela pensou que além do olhar, ele também bem que poderia possuí-lacomê-la lá de cima ao térreo. Uma trepada em cada andar.
O relato diz então:
Paulo se aproximou, ofereceu ajuda. Aconselhei-o a se afastar, pois eu era forte e estava atrasada. Porque pensei isso? Forte? Porque disse atrasada? Com um tamanhão de homem daquele ao meu lado? Guardei o lixo no compartimento, mas quando passava por ele, me puxou e disse no ouvido: ‘Da próxima vez você não me escapa.’
Fiquei por alguns segundos estática e entrei esbaforida pra dentro de meu apê.
No outro dia, saí à mesma hora da noite. E não é que ele estava lá?
Era como um encontro marcado. Toda noite zombávamos do que chamam de coincidência. Tínhamos um pacto velado. Cúmplices de algum regozijo futuro.
Um dia ele me dizia boa noite, deixávamos os excessos no lixo e voltávamos cada um para seu cômodo. Outro ele passava sem me olhar só pra sentir minha reação. Certa vez dei um belo sorriso no que me encarou meio abobado. Noutra ocasião o peguei desprevenido saindo só de baby doll e ele roçou de leve minhas coxas com suas pernas dotadas fazendo de conta que o espaço entre nós e a parede era mínimo. Senti um longo calafrio nessa oportunidade, devo confessar. Um calafrio elegante.
Nunca falávamos nada. Tudo ficava pendente entre nós. Tudo era fugaz e passageiro. Só uma coisa eu percebia não ficar tão pendente. Era o pau dele, que não podia esconder a felicidade por trás das calças, apesar de seu olhar fazer de conta de nada estar acontecendo.
Todo meu aplauso para esse teatro diário eu dava na cama, me molhando inteira de tesão, passando meus dedos trementes por todos os espaços possíveis da minha vagina. Meu clitóris dava choques, a imagem dele dentro de mim tomava conta de toda minha juventude hormonal. Tudo inchava dentro de mim.
Até que na noite derradeira ele sofreu um tombo desproposital sobre meus ombros...
Ele disse, você é forte, me ajuda.
Sim... (acho que ele ouve meus pensamentos)
Então me ajuda a voltar pro meu apartamento.
Disse um ok meio relutante.
O gelo está na geladeira, ele falou meio confuso deitando em sua cama. Quando chego ao seu quarto seu peito pulando da camisa me dá a impressão de um punhado de selvageria a postos, pronto a digladiar comigo em cima de lençóis. Me deixará entregue, malvista por meus bons pensamentos.
Pasme. Não esperei muito pra subir o gelo de seu tornozelo até a nuca da cabeça de seu pau. Até eu fiquei tonta. Você também deve estar…
Ele entendeu rápido e socou seu punhal dentro de minha gulosa bucetinha, sentindo os lábios rompendo pouco a pouco como ondas quebrando em seu ponto de rebentação.
Note que a única coisa que não dava a ele era meu olhar. Sempre desviado, agindo como uma perversa desviada. Ele ia ficando desconcertado. Rolava sobre mim enfiando na minha buçosa com gosto.
Sentia seu escroto com as mãos e à medida que eu mexia nele, ia ficando mais tomado de ganância por meu corpo e meu ser.
Então chupa minha buceta, suplico.
Cada vez que ele tira de dentro de mim aquele tronco eu penso, que caralho!
Então ele vem e me come com a boca.
A partir daí estamos ambos desarmados.
Chupa devagar, dá voltas e voltas em torno da minha cútis mais desejada pelos homens… E a cada vez que afoga os beiços na minha buceta ele vai ficando com o pau cada vez mais duro. Penso como é que pode?!
Então ele me fala em tom de Vou comer sua bunda. Eu disse: Depois. Então, eu de quatro, pegava e enfiava seu pau dentro de minha boceta vagarosamente. Ia e voltava muito gostoso e lentamente. Ai, aquele membro explorando cada desnível das pregas de meus interiores, roçando do início ao fim da minha vagina! Até que eu estrangulava aquela dureza de pinto lá dentro e ele gritava de prazer.
Ele era tudo o que eu esperava… Enfiava seu dedo no meu cú e lambia ao redor, o que me dava uma mistura de dor e ruína das proibições. Era um prazer novo, aterrorizador de tão bom. Então surgia como que um mistério da natureza uma grossura dentro de minha bunda. Entrava e saía como um instrumento de fabricar umidades na escuridão de meu rego.
Me pegava de um jeito com as mãos que me fazia tremer inteira, e arrepiar os pêlos quase inexistentes. A forma como agarrava meu traseiro fazia eu sentir como que se houvesse um exército de mãos por cima de meu corpo, apalpando tudo ao mesmo tempo, minhas costas, meus peitos, quase arrancando pedaços de minha bunda com seus belos tapas e de meu pescoço com suas mordidas.
Depois me travava, tirava de lá do fundo e furiosamente colocava novamente dentro de minha xana, e metia, metia, metia, metia sua carne lá dentro, até eu gozar loucamente como uma histérica em suas mãos. Ele continuava mais um pouco até carregar minha boceta de porra.
A única coisa que me lembro depois disso era uma vontade agonizante dele continuar. Peguei no seu pau e comecei a chupá-lo vigorosamente, espremendo-o em minhas mãos, fazendo secar deliciosamente cada gota de seu sêmen com minha língua. Mas a cada lambida de fora a fora no seu músculo mais gostoso, a cada sugada, ele ia crescendo cada vez mais em minha boca. Eu olhava pro seu pinto, e ele cada vez mais vermelho, mais torneado, mais excitado, carnudo, com sua cabeça brilhosa querendo explodir e se separar do resto do corpo cavernoso de veias grossas. Eu brincava engolfando-o nas minhas mucosas, depois tirava e pintava minhas bochechas com seus líquidos misturados aos meus.
Tudo que eu queria era fazer chover dentro de minha boca.
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